O ex-vereador de João Pessoa Mangueira (PMDB) aproveitou uma entrevista ao radiofônico Tribuna do Povo (Rádio Sanhauá) nesta segunda-feira (03) para fazer um desabafo ácido com relação a situação atual de seu partido. Para o ex-parlamentar, diferente do que afirmou o ex-governador José Maranhão (apontando um 'desmoronamento' no grupo do governador) quem está se esfacelando é o próprio PMDB.
"Se não mudar as coisas logo, o PMDB vai levar um lapada de Ricardo Coutinho em 2014", disparou Mangueira.
Colocando-se como um 'apaixonado por seu partido', Mangueira se mostrou triste com o que o PMDB vem sofrendo nos últimos tempos. Na sua ótica, se algo não for feito rápido, a sigla será engolida por partidos menores, como foi o caso do PSB em João Pessoa.
"Se o PMDB não mudar, infelizmente quem vai mudar sou eu", avisou Mangueira, afirmando que, caso decida sair, não será só ele.
Língua afiada - Durante 1ª reunião da nova Comissão Provisória do PMDB de João Pessoa, o vereador ainda abriu o verbo contra os seus colegas de partido com mandatos na Câmara Municipal: Fernando Milanez e João Almeida. Na sua 'ácida' visão, a dupla está de “coleira e cabrestos”, situação que os impedem de trabalhar em favor do povo e do PMDB.
Em entrevista ao repórter Écliton Monteiro, o peemedebista - que, mesmo à época da vereança na Casa de Napoleão Laureano, já fazia duras críticas ao próprio partido - declarou que agora a sua “vergonha aumentou” em relação às cobranças em nome do povo e dos seus munícipes, já que a legenda hoje, segundo ele, não tem quem faça essa defesa.
“Hoje eu não sei nem quem defenda o PMDB na Câmara. São omissos. O vereador Mangueira não tinha coleira nem cabresto. Falava o que é certo em nome da população”, argumentou.
Questionado pelo repórter se os parlamentares com mandatos teriam mesmo 'coleira e cabresto', Mangueira confirmou: “Eu acredito quem sim”.
Antes, Mangueira havia demonstrado descontentamento pela falta de espaços dentro do PMDB após ele não conseguir a reeleição para a Câmara da Capital.
“A verdade é o seguinte. Só tem valor quem está com o mandato. Aquelas pessoas que batalham pelo partido que passou quatro anos na Câmara defendendo o PMDB não tem vez nem voz”, considerou.
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