Reconstituição de morte de jovem baleado em blitz na PB dura 3 horas - Correio do Cariri

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sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Reconstituição de morte de jovem baleado em blitz na PB dura 3 horas

Durou mais de três horas o trabalho de reconstituição da morte do universitário Cícero Maximino da Silva Júnior, de 20 anos, na avenida João Maurício, no bairro de Manaíra, em João Pessoa, na noite de quinta-feira (3). Participaram da reconstituição o policial militar que baleou o universitário na blitz e o condutor da motocicleta, amigo de Cícero Maximino Júnior. Durante o período da reconstutuição, a avenida ficou interditada entre os trechos das ruas Elizeu Cândido Viana e Bananeiras.
O universitário Cícero Maximino da Silva Júnior, que morava em Alagoas, morreu após ser baleado no pescoço por um policial militar durante uma blitz na Avenida João Maurício. As imagens de câmeras de segurança de lojas da região está sendo analisadas, mas, segundo o delegado titular da delegacia de homicídios Reinaldo Nóbrega, “uma reprodução simulada dos fatos para também ajudar na investigação”.

Após a reconstituição, o delegado responsável pelo caso, Reinaldo Nóbrega, explicou que o caso continua complexo, com duas versões completamente antagônicas. "Intimamos as duas partes. Toda a Polícia Militar, que compareceu de pronto, toda a guarnição que participou da blitz no dia, todos os 11 homens envolvidos, além de uma guarnição de apoio, e também o motoqueiro, que conduzia a moto quando ocorreu o fatídico. De antemão afirmo que as versões continuam antagônicas. O prazo legal [para entrega do laudo da reconstituição] é de 10 dias, mas o perito pode pedir uma prorrogação se a perícia for complexa, como é o caso desta", comentou.
Mário Gomes, ouvidor-geral da Secretaria da Segurança e Defesa Social da Paraíba (Seds), acompanhou a reconstituição e avaliou que o trabalho vai ajudar a acabar com algumas dúvidas. "Esse é o momento de confrontar as versões que foram dadas. É mais de uma versão, e o delegado quer reconstituir para chegar às conclusões para poder fazer o indiciamento ou não no inquérito policial", avaliou.

O advogado do policial militar autor do disparo que matou o universitário, Harley Cordeiro, o tiro pode ter sido acidentou. “Um rapaz invadiu a blitz, ultrapassou, e o policial já estava em uma outra abordagem, já estava na contenção de outro rapaz que tinha invadido, quando veio a moto para cima dele, e ele não teve outra alternativa que não agir no estrito cumprimento do dever legal”, detalhou. Ainda segundo o advogado, o policial envolvido no caso não informou se os ocupantes da moto estavam armados. “A moto já veio para cima dele, o pessoal ficou gritando ‘a moto’, quando foi em cima dele, ele não teve como sair. Foi no reflexo o disparo, eu acredito até que tenha sido de forma acidental”, completou Harley Cordeiro.

Ainda de acordo com Reinaldo Nóbrega, a simulação das duas versões não explicou detalhes de como foi encontrada a arma, que a Polícia Militar afirmou pertencer aos ocupantes da motocicleta no caso. Segundo a polícia, o revólver que pertencia aos dois jovens que teriam furado a blitz foi encontrada depois do momento em que Cícero foi baleado por uma pessoa que passava pelo local e acionou a polícia.
"Segundo o que foi colhido, a guarnição da polícia se preocupou primeiro em atender e prestar socorro à vítima. Pouco tempo depois, uma pessoa encontrou essa arma aqui, ao solo. O local exato onde essa arma foi encontrada a gente não sabe. Essa pessoa acionou o Ciop [Centro Integrado de Operações Policiais] e uma outra guarnição apreendeu essa arma e levou direto para delegacia de Homicídios. A gente não tem a gravação da ligação ao Ciop, só tem o registro da ligação. E como é resguardado o anonimato ao denunciante, a gente não sabe quem foi essa pessoa", completou.
Reinaldo destaca que a polícia tem duas versões diferentes do caso. A versão da Polícia Militar é de que o disparo aconteceu em uma "ação de defesa". Já o condutor da moto em que o jovem estava apresentou uma versão oposta à da PM.
“O proprietário de uma casa da região atendeu nosso chamamento e cedeu voluntariamente as imagens. A gente fez uma análise preliminar, porém como estava escuro e a imagem um pouco distante, nós enviamos para o Instituto de Polícia Científica (IPC) para que eles passem alguns filtros nestas imagens para melhorar a qualidade e também aproximar”, disse Reinaldo Nóbrega.

Fonte:G1
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