Reforma: aposentadoria integral só com 49 anos de contribuição - Correio do Cariri

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terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Reforma: aposentadoria integral só com 49 anos de contribuição

A Proposta de Emenda Constitucional – PEC (287), enviada pelo governo ao Congresso ontem à noite e que vai alterar as regras das aposentadorias e pensões dos brasileiros, está sendo detalhada nesta manhã pelo governo. O projeto atinge os atuais trabalhadores do setor privado e funcionários públicos com até 50 anos (homens) e 45 anos (mulheres). Eles terão que atingir 65 anos de idade e ter contribuído por pelo menos 25 anos para requerer o benefício.

VALOR DO BENEFÍCIO

A PEC também vai alterar a fórmula de cálculo do benefício, que terá como base 51% das melhores contribuições, mais 1 ponto percentual por ano adicional de contribuição. Ou seja, quem começou a trabalhar aos 16 anos, terá que contribuir por 49 anos para aposentar aos 65 anos de idade e assim, receber o benefício integral. O chamado fator previdenciário 85/95 (somando idade e tempo de contribuição para homens e mulheres), fica extinto com aprovação da PEC.

DIREITO ADQUIRIDO

O direito adqurido de quem já tem as condições para se aposentar foi garantido pelo secretário de Previdência do Ministério da Fazenda, Marcelo Caetano. Ele afirmou que todos contribuirão para as mudanças, exceto militares das Forças Armadas. Já as regras de transição para bombeiros e policiais militares ficará a cargo dos estados. Os policiais civis ficam sujeitos à PEC 287.

IDADE MÍNIMA PODE MUDAR

O texto prevê o ajuste automático da idade mínima, de acordo com o aumento da expectativa de sobrevida (depois de aposentado) — sem necessidade de aprovação do Legislativo. Hoje, essa expectativa está em 18 anos e o governo estima que até 2060, a idade mínima vai subir duas vezes (cada vez a expectativa subir um ano).

REGRA DE TRANSIÇÃO

Para os trabalhadores que estão mais próximos da aposentadoria (acima de 50 anos no caso dos homens e 45 anos, mulheres), haverá uma regra de transição, que permitirá requerer a aposentadoria pelas regras atuais, pagando um pedágio: um adicional de 50% sobre o tempo que faltava. O prazo da transição será de 20 anos — quando todos os trabalhadores (homens e mulheres) estarão sujeitos às mesmas normas.

MORTE E INVALIDEZ

O texto prevê também alterações no valor dos benefícios da pensão por morte e aposentadoria por invalidez, que hoje é integral. A reforma veda a acumulação de benefícios e cria uma contribuição individual para os trabalhadores rurais, em alíquota favorecida (que será definida em projeto à parte).

PENSÃO ABAIXO DO SALÁRIO MÍNIMO

A PEC mantém o piso previdenciário (aposentadoria) atrelado à politica de reajuste do salário mínimo — que permite ganhos reais. Já o valor da pensão será menor que o piso nacional, a partir da aprovação da reforma. Os beneficiários da LOAS (Lei Orgânica de Assistência Social), pago a deficientes e idosos da baixa renda também poderão receber um valor inferior ao mínimo.

SERVIDORES PÚBLICOS

A mesma alteração na fórmula de cálculo do benefícios valerá para os funcionários públicos com menos de 50 anos. A categoria perderá o direito à paridade nos reajustes salariais concedidos aos ativos. Com a aprovação da reforma, os benefícios serão corrigidos pela inflação.

TRABALHADOR RURAL

A PEC também mexe com o agronegócio e acaba com a isenção de 2,5% sobre as receitas decorrentes das exportações. Segundo Caetano, a medida pode gerar uma economia de R$ 6 bilhões por ano.

Ao explicar os detalhes da reforma, o secretário de Previdência destacou que as mudanças são necessárias para assegurar a sustentabilidade dos regimes de aposentadoria no presente e no futuro.

— Essa reforma é fundamental para o país, para a minha geração e para a geração dos meus filhos. É algo que pensa no Estado como um todo, na Nação, algo perene que dure por muitos anos e não necessite de novas mudanças — destacou Caetano.

Fonte:O Globo
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