Em parceria com as associações comunitárias e entidades de apoio do Médio sertão da Paraíba a UAMD, realizou neste dia 22 a comemoração do Dia Mundial da Água.
O evento aconteceu no salão comunitário na comunidade de Panasco de Baixo, Desterro PB: envolvendo as associações de Riachão, Sineco, Maracajá, Panasco de Cima, Pedra Atravessada, Poço do João, Jatobá, Aparecida e Catolé, Pitombas e a anfitriã Panasco de Baixo, além o pessoal da Diretoria da UAMD e também participaram as entidades de apoio CEPFS e Ação Social Diocesana de Patos – ASDP e PROPAC.
O dia teve como tema: Água consumo consciente: Faça sua parte! Pela manhã foi realizado um Seminário sobre a “Realidade Semiárida” e sobre as “SECAS”.
Após a chegada e café foi feita a cerimônia de Oração de acolhida as comunidades, já em seguida Jose Dias, técnico da ONG CEPFS veio apresentar sobre a realidade semiárida. Como ele mesmo destacou em várias falas nossa região é possível e viável, mais pra isso temos que aprender a conviver nesse lugar, em sua apresentação teve varias formas de se garantir a água, que é o maior gargalo do nordestino.
Quando se fala de conviver muitos pensam pelo lado do se acomodar com a realidade, mas aprendemos juntos, que as próprias plantas convivem se precisar da migração, elas se adaptam, um exemplo é o próprio Mandacaru que segundo os cientistas tinha folhas que vieram a se transformar em espinhos para conviver na região, dessa forma os devemos aprender com e não combater a seca.
Em seguida Irenaldo Araújo, da Ação Social Diocesana de Patos – Projeto PROPAC falou sobre a “seca”, primeiro ele dá uma amostra de algumas músicas feitas por nordestinos a ex. de Luiz Gonzaga, Irenaldo mostra o contraste existentes nas canções, que hora falam da problemática da seca, hora fala dos problemas com as grandes chuvas e enchentes, ele reflete que o Nordeste em especial todo semiárido tem este aspecto atípico.
Ele apresentou um gráfico das principais secas ocorridas e registradas a partir de 1500, e reflete novamente o problema que nossa região água tem, chove muito, mas está faltando incentivo as formas de captar.
Chove em média 500 a 600mm na nossa região, mais há regiões que se perde até 7mm por dia isso implica dizer que se chove 1200mm em Desterro a exemplo, poderemos se perder até 1555mm durante um ano. Com isso fica um déficit alto de água, por isso a importância de se guardar e não só para o consumo humano, como também para consumo animal e produção de alimentos e forragens.
Alexandre Presidente da UAMD destaca que nosso grande vilão esse ano de 2011 e 2012 foi o a falta de alimento para o gado, o que foi sentido mais forte, até mesmo para o ponto de foco da mídia que mostrou e mostram a morte milhões de cabeças de gado, quando a realidade é que esse não é um animal tão viável as condições da demanda de pastagem na nossa região. Ele convida a plenária a apresentar algum caso registrado de Cabra ou bode morto, ou até mesmo um jumento, salve os que morreram vítima de atropelamento nas estradas, por isso que as soluções podem está em uma forma melhor para se conviver no semiárido.
Logo em seguida ao almoço foi tirado os encaminhamentos do seminário e as 16:00 horas teve inicio a celebração com o Padre João Saturnino, pároco da cidade de Taperoá, e também Presidente da Ação Social Diocesana de Patos PB, que em suas orações fortaleceu o espírito dos presentes para que tenhamos amor para com nossa região em especial nosso município, fé e mais ações para melhoria da qualidade das nossas vidas.
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