Um adolescente de 14 anos foi agredido a socos por um professor dentro da sala de aula, no Ciep 391 - Robson Mendonça Lóu, em Maricá. A ação foi gravada por uma colega da vítima, que chegou a postar o vídeo no Youtube, mas depois o retirou do site.
Nas imagens, o professor de Matemática Diogo Vasconcelos aparece cercando o estudante, que se esconde atrás de uma mesa. Em seguida, Diogo encurrala o menino e desfere socos por cerca de 10 segundos. No final da ação, o professor se retira de sala e deixa o aluno no chão.
O episódio aconteceu há cerca de um mês, mas a ocorrência só foi registrada pela mãe da vítima nesta terça-feira (07) na 82ª DP (Maricá). De acordo com o delegado Henrique Paulo Mesquita Pessoa, uma brincadeira teria dado início à confusão.
— Tudo indica que foi uma brincadeira, de péssimo gosto por sinal. É no mínimo desaconselhavel que o professor haja daquela forma, pois assim ele elimina qualquer barreira que deve haver entre o aluno e o docente — explicou o delegado.
De acordo com o policial, a diretora do Ciep prestou depoimento na delegacia afirmando que as aulas do professor Diogo Vasconcelos seriam marcadas pela "baderna". Ela disse ainda que já havia repreendido Diogo por ser muito "frouxo" e permissivo a brincadeiras.
Já segundo a mãe do estudante, Kelly Cristina, tudo começou quando o professor pediu aos alunos que se sentassem após uma brincadeira. Dirigindo-se diretamente ao estudante agredido, Diogo o teria chamado de "baleia". O aluno respondeu dizendo "já vai, cabeçudo".
— Ninguém soca uma pessoa de brincadeira como ele socou meu filho, isso não é brincadeira. Ele não educou meu filho, ele puniu. Mas não quero o mal a esse professor. Podiam passar ele para um psicólogo, ser reciclado, professor voluntário, ou treinamento. Não quero mal a ele — comenta Kelly Cristina.
Diogo Vasconcelos será indiciado por lesão corporal, com o agravante de a vítima ser menor de idade. Ele pode pegar pena de até dois anos de reclusão. Em nota, a Secretaria Estadual de Educação do Rio
(Seeduc-RJ) informou que foi aberta uma sindicância para investigar a ocorrência. O professor foi transferido de unidade, mas pode ser punido com a demissão do cargo.
Fonte: G1
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