A política pública municipal desenvolvida pela Prefeitura de Campina Grande tem contribuído para a diminuição de mortes de mulheres em decorrência de violência doméstica. A afirmação é da coordenadora Municipal de Políticas Públicas das Mulheres, Maria Marly Castelo Branco de Melo, durante a realização da comemoração do sétimo aniversário da Lei Maria da Penha. O evento aconteceu na Praça da Bandeira, com o desenvolvimento de atividades culturais, cidadania, saúde e assistência social.
“De fato, em Campina Grande, tem diminuído o número de mulheres mortas devido à violência no âmbito doméstico. Entre 2011 e 2012, oitos mulheres foram assassinadas no próprio seio doméstico. Neste ano de 2013, até agora tivemos o registro de uma vítima”, informou.
Ela ainda garantiu que a queda do número de mulheres mortas devido a esta forma de violência é fruto da política pública do Município em prol do segmento feminino, numa ação integrada entre a PMCG, Delegacia das Mulheres, Poder Judiciário (Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher) e outros entes públicos. Ressaltou, ainda, o trabalho da Secretaria Municipal de Saúde, que, através das equipes do PSF, dá atenção especial às mulheres vítimas de violência.
Quanto à Lei Maria da Penha, Marly afirmou que ela representa um “marco fundamental na luta contra a violência praticada em relação às mulheres no Brasil”. Por sua vez, a secretária executiva da Saúde, Eudésia Damasceno, entende que o “momento é de comemoração, mas, sobretudo, de muita reflexão por parte da sociedade, ponderando ser a violência contra a mulher algo inaceitável, devendo haver uma mudança de cultura e a conscientização de que toda esta luta começa em casa”.
Em relação às ações desenvolvidas pelo Município, ela frisou que a PMCG mantém uma Casa Abrigo, onde atualmente seis mulheres encontram-se protegidas. A unidade tem capacidade para abrigar até doze mulheres, que podem permanecer no local entre três a seis meses, recebendo assistência psicológica, social e jurídica, além de serem contempladas com cursos de artesanato, de couro, produção de artigos como detergentes e amaciantes e muitos outros. Elas recebem alimentação, proteção e apoio à saúde. Este ano, 82 mulheres receberam atendimento no Centro da Mulher, sendo que 22 foram encaminhadas à Casa Abrigo.
Por sua vez, o representante do prefeito Romero Rodrigues, Tovar Correia Lima, afirmou que a meta da PMCG ao promover mais um evento público é “despertar a sociedade campinense para o problema da violência doméstica, estimulando cada cidadão a dar a sua contribuição para que se avance, cada vez mais, a luta pela valorização da cidadania em geral, especialmente do segmento feminino”.
Por conta da integração entre os diferentes órgãos, instituições e entes administrativos, o evento no centro contou com a presença de equipes da Secretaria de Saúde; Banda de Pífanos do Centro Municipal de Convivência do Idoso (“Cantores da Colina”); Governo do Estado; institutos de beleza; Filarmônica Epitácio Pessoa; Grupo de Teatro Bodega; Coordenadoria das Políticas Públicas para as Mulheres; Centro de Referência da Mulher e Casa Abrigo.
Quem passou pela Praça da Bandeira foi beneficiado com testes para verificação de Hepatite B e C, HIV e Sífilis. Também aconteceu a distribuição de cartilhas, cartazes, camisetas e outros meios destinados à conscientização da sociedade. Aconteceram, ainda, ações e atividades de embelezamento, a exemplo do corte de cabelo.
Na tarde desta quarta-feira ainda haverá, a partir das 16h, a Caminhada da Paz. A concentração será na Praça da Bandeira e os manifestantes vão se deslocar até o Centro de Referência da Mulher visando protestar e alertar a sociedade contra todas as formas de violência doméstica.
A coordenação do evento ainda informou que a população pode acionar as autoridades sobre casos de violência mediante o uso fones 180, 190 e 197. Na visão dos coordenadores, “em briga de marido e mulher é preciso meter a colher” e, para tanto, o Centro de Referência Municipal estará de portas abertas para quem precisar de apoio, bastando comparecer à Rua João Alves de Lira, 354, na Prata.
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