Um pedido de prisão alternativa feito pela defesa do empresário Nelsivan Marques, acusado de ser mentor da morte do casal Washington Luiz e Lúcia Santana, foi negado pelo juiz do 2º Tribunal do Júri de Campina Grande, Falkandre Queiroz. Segundo o advogado do réu, Luciano Pires, o pedido foi feito depois que o empresário teve complicações com diabetes e precisou fazer uma amputação. A defesa disse que vai solicitar novos exames e pode retomar o pedido.
Segundo o advogado Luciano Pires, o empresário diagnosticado com diabetes precisou amputar um dedo do pé e teve uma infecção na parte inferior da perna.
A cirurgia aconteceu há cerca de 60 dias e a intenção da defesa era de garantir que ele tivesse uma boa recuperação, tendo em vista a gravidade da doença. O pedido foi feito no início do mês de outubro, mas informação só foi confirmada pela defesa do réu nesta segunda-feira (31).
“Ele recebeu alta médica, mas tem um parecer clínico indicando maiores cuidados na fase de recuperação. Solicitamos que isso fosse feito e pedimos perícia judicial para justificar. Mas, o juiz entendeu que seria possível fazer o tratamento posterior no próprio presídio”, disse ele.
O G1 tentou falar com o juiz Falkandre Queiroz, mas as ligações não foram atendidas.
Depois da decisão do juiz, o advogado disse que vai reavaliar o caso do cliente e pretende fazer uma nova solicitação, caso seja necessário. “Nós estamos pedindo para que o médico faça uma nova avaliação do caso e se estiver sob um estado tranquilo, nós não voltaremos a pedir. Entretanto, se tiver algum risco de agravamento [da doença], vamos solicitar uma prisão alternativa novamente”, disse Luciano Pires.
Ainda de acordo com o advogado, o pedido foi para uma prisão alternativa que permita que o empresário possa seguir o tratamento em um hospital, ou em casa, para garantir uma boa recuperação, enquanto aguarda o andamento do processo judicial.
Relembre o caso
O empresário Nelsivan Marques é acusado em um processo judicial pela morte do casal Washington Luiz e Lúcia Santana, assassinado na saída da festa de casamento do próprio Nelsivan, no bairro do Catolé, em Campina Grande. O crime aconteceu em 29 de março de 2014 e, segundo a acusação do Ministério Público da Paraíba (MPPB), com base no inquérito da Polícia Civil, ele foi o mentor e mandante do crime. O Washington e Lúcia haviam sido convidados para ser padrinhos de Nelsivan.
O caso ganhou repercussão nacional, depois que o plano foi descoberto pela Polícia Civil. O inquérito policial foi presidido pela delegada de homicídios, Tatiana Mattos. De acordo com a investigação, o crime foi motivado por inveja, dívida e pelo fato de Nelsivan suspeitar que estava sendo engando por Washington, na administração de uma faculdade da qual eles eram sócios-proprietários.
Fonte:G1
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